Uso de inteligência artificial pelos tribunais faz parte do plano de trabalho definido no ENCO

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Corregedoria e Ouvidoria do TCE/TO participam do evento em Minas Gerais
A utilização de inteligência artificial na melhoria dos serviços prestados pelas ouvidorias e corregedorias dos Tribunais de Contas brasileiros é um dos itens do plano de trabalho definido durante o primeiro dia do Encontro Nacional das Corregedorias e Ouvidorias dos Tribunais de Contas de 2022 (ENCO). Sediado pelo TCE/MG, o encontro começou nesta segunda-feira (19) e vai até a próxima quarta-feira (21).
Três reuniões marcaram o início do ENCO, que contou com a presença do presidente do Comitê Técnico das Corregedorias, Ouvidorias e Controle Social do Instituto Rui Barbosa (IRB), Gilberto Jales, conselheiro do TCE do Rio Grande do Norte. Estão representando a Corregedoria do Tribunal de Contas do Tocantins (TCE/TO), conselheiro corregedor Severiano Costandrade, e a Ouvidoria da Corte Tocantinense, Kamilla Oliveira.
Segundo o presidente do Comitê, a modernização dos sistemas e o uso da tecnologia para aperfeiçoar os serviços prestados é um desafio para todos os tribunais brasileiros, “já que a sociedade tem cobrado uma resposta mais rápida e concreta das instituições”.

De acordo com Gilberto Jales, existem experiências no uso deste tipo de tecnologia em alguns tribunais, mas que ainda são “preliminares”. Segundo ele, é justamente nestes encontros, como o ENCO, que os desafios são superados.
“O grande segredo é a troca de experiências, inclusive de sistemas. Às vezes um tribunal desenvolve um certo sistema e coloca à disposição do Instituto Rui Barbosa. Essa tem sido uma ferramenta utilizada para suprir a necessidade até mesmo de investimentos em alguns casos. O que se faz nestes encontros? Mapeia-se estas experiências existentes e a importância delas serem compartilhadas”, pontuou o presidente do Comitê.
Outras frentes de trabalho a serem desenvolvidas ainda este ano foram definidas ao longo do dia. Dentre elas, a difusão da cartilha de combate ao assédio moral e sexual dentro dos tribunais, bem como a integração das temáticas de controle interno dos tribunais na discussão, inter-relacionada com a atividade de corregedoria.
Também foi definido a elaboração de planos de correição anual, baseados em mapeamento de riscos, além da aproximação das ouvidorias dos tribunais de contas com a população, através de estratégias de comunicação, como forma de tornar mais efetivo o controle social.

O combate ao assédio moral e sexual dentro dos tribunais foi um dos temas comentados pelo conselheiro corregedor do TCEMG, Durval Ângelo. A construção de um ambiente prazeroso e que proporcione crescimento aos colaboradores foi defendido por ele.
“Em uma sociedade inclusiva, que a gente defende, não podemos admitir o racismo, a discriminação e preconceito pela orientação sexual ou até mesmo por opção ideológica e na forma mais terrível e cruel o assédio sexual. Então, eu acho que essas relações internas precisam mudar”, disse o conselheiro.
Inclusão – Durante a terceira reunião do dia, foi aprovado pelos membros do Comitê Técnico das Corregedorias, Ouvidorias e Controle Social do Instituto Rui Barbosa (IRB) a inclusão do “Controle Interno” nas competências da comissão.